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PACHECO PEREIRA, Duarte. Esmeraldo de Situ Orbis. Lisboa: Imprensa Nacional, 1892. Cognominado por Luís de Camões o "Aquiles Lusitano", Duarte Pacheco Pereira era homem de grande erudição. Tendo partido para o Oriente, em 1503, capitaneando a nau Conceição da esquadra comandada por Afonso de Albuquerque, ali permaneceu durante cerca de dois anos, alcançando várias vitórias em combates e angariando prestígio e fama.
Por volta de 1505-1508 redigiu Esmeraldo de Situ Orbis, obra que deveria constar de cinco volumes, mas que deixou inconclusa e manuscrita.
Sendo uma espécie de tratado global de marinharia da segunda fase da navegação atlântica, no entender do historiador Luís Filipe Barreto, a obra de Duarte Pacheco Pereira distingue-se, entre outros pontos, por reproduzir um dos primeiros regimentos portugueses do Sol e um dos mais antigos roteiros com latitudes, assim como pelas descrições que faz de costas e de entradas de portos da costa africana.
O livro de Duarte Pacheco Pereira – de cujo título a denominação situ orbis reproduz a do tratado geográfico de Pomponio Mela, embora seja desconhecida o porquê da denominação Esmeraldo – foi publicado em Lisboa, em 1892, por Rafael Eduardo de Azevedo Basto, Conservador do Real Arquivo da Torre do Tombo, em edição comemorativa do quarto centenário da Descoberta da América. Reparos a esta publicação foram feitos por Augusto Epifânio da Silva Dias, em uma edição crítica de 1905.